Post-Covid-19 Business Strategy? Ideas, Issues, Guidelines and Decisions
Líderes e responsáveis de empresas e marcas, estão no momento pós Covid-19, a reavaliar e reajustar toda ou em parte a estratégia empresarial e da sua marca.
Entre 13 a 17 de Abril, 80% das empresas portuguesas reduziram o seu volume de negócios. De 20 a 24 de Abril, 59% reduziu a sua força de trabalho. Entre 27 de Abril e 1 de Maio, 58% adotaram estratégias de trabalho remoto, principalmente as grandes empresas (93%), enquanto nas microempresas apenas 30%. Estas reportam ter desenvolvido práticas de teletrabalho (Banco de Portugal, 2020).
Fica a questão e o problema do que fazer para avançar e continuar a cumprir os objetivos das empresas com esta nova realidade e com este ‘’novo normal’’.
Com esta peça pretende-se criar linhas de pensamento e orientação que ajudem quem precisa de reavaliar e reajustar a sua estratégia empresarial e de marca. Pois, esta nova realidade exige uma nova forma de existência organizacional perante o mercado, força de trabalho, consumidores e competição.
Acreditamos que sairá daqui com mais informação, mais força e uma maior capacidade de organizar uma empresa, marca e pessoas resilientes para resolver o problema.
A imprivisibilidade e incerteza são constantes para quem trabalha com estratégia. Porém, poucas eram as organizações e pessoas que tinham planos de ação preparados para algo parecido com esta pandemia. O que levou a uma capacidade de resposta menos eficaz e alguma incapacidade de manter o funcionamento sustentável das organizações.
Este desafio criou a necessidade de recriar eficazmente formas, estratégias, mecânicas e práticas de adaptação positiva para as empresas, os líderes e forças de trabalho. Contudo, observou-se também Isto a identificação e consciencialização das grandes fragilidades e forças das orgânicas internas e externas.
Acreditamos que o foco é a reorganização e readaptação estratégica e tática, combinada com respostas rápidas, exatas e factuais.
Deixamos um exercício.
Responda a estas questões, e conseguirá identificar áreas e focos de atenção e ação importantes para garantir a eficácia, produtividade e sustentabilidade organizacional.
- Que fragilidades foram identificadas a nível funcional e operacional na sua organização?
- Quais as forças que emergiram a nível interno e externo?
- Quem permitiu minimizar perdas, prejuízos e criou novas formas de manter a empresa a funcionar?
- Que indicadores demonstraram ser mais importantes para a vida da sua organização?
- O que é para manter, retirar e acrescentar para otimizar o cumprimento da missão, visão e objetivos da empresa?
Apercebeu-se de situações exemplo como:
- Existia um cliente que detinha grande parte da receita? E que ao perdê-lo, a organização ficou em risco.
- Não conseguir responder, por não existir planos de ação para cenários de escassez de recursos?
Ao identificar tais fragilidades, é agora possível olhar para o futuro e reverter, reenquadrar, apoiando-se nas forças que foram emergindo, não esquecendo a sua importância a curto, médio e longo prazo.
Outros exemplos, podem ser:
-
- Conseguiu manter clientes devido ao seu sistema e estratégia de relação, gestão e experiência do consumidor?
- Identificou o produto chave mais importante para a sustentabilidade da sua empresa?
- Identificou um talento, uma peça ou capacidades que não esperava numa determinada pessoa?
Estas respostas, permitem identificar e agir para a promoção de uma sustentabilidade a longo prazo. Tais indicadores, levam a uma revisão de causas e identificação dos seus impactos. Isto permite ainda uma mais correta consciencialização de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças a curto, médio, e longo prazo emergentes desta pandemia.
Outras questões que podem ter surgido são:
- Percebeu que foi bom investir em uma estratégia digital e online forte?
- Existiram dificuldades em manter 2 meses de pagamento à força de trabalho?
- A redução do número de pessoas, não significou menos capacidade de resposta?
- Existiram tendências durante a pandemia que foi incapaz de acompanhar? Como por exemplo ter a componente digital funcional?
Respostas a estas perguntas dão uma leitura da capacidade de sustentabilidade da sua empresa. Fica claro ainda onde se focar e o que alinhar de forma otimal. E ainda saber o que é para manter, retirar e acrescentar de forma imediata ou gradual.
Consegue também uma posição para reavaliar objetivos, estratégias, táticas a curto, médio e longo prazo, alinhadas a um novo contexto e novas necessidades.
A precedência destes passos, deve então levar a uma perceção e compreensão do impacto da pandemia na sua empresa, nas áreas financeiras e económicas, representação e presença no mercado, opinião e necessidades do consumidor, entre outros indicadores.
Estes são dados que permitam criar estratégias de resposta eficaz à readaptação e readequação ao:Mercado — Indústria — Setor — Consumidor — e Concorrência.
Caso seja o seu caso e considere necessário, negoceie com a banca, com o Estado, com a força de trabalho, fornecedores e clientes. Sendo um dos ponto chave para a uma correta execução e operacionalização, a existência de um plano estratégico eficaz, rápido, sustentável e produtivo.
Deve ainda ser capaz de:
- Identificar cenários e planos de gestão e resposta à crise.
- Potenciar e Otimizar áreas funcionais orientada à prioridade e importância sobre os resultados.
Por exemplo:
- Será o marketing , as finanças, os recursos humanos, a logística ou a parte tecnológica, que tem a resposta e o resultado mais sustentável, mensurável e eficaz a curto-médio prazo?
É ainda importante perceber como está a concorrência a responder.
- É para fazer o mesmo? Ou diferenciar a estratégia?
Convém desenvolver uma resposta sobre como sair deste momento com uma organização mais resiliente. Por fim, é importante identificar e recriar oportunidades não esquecendo nunca de orientar a organização, as pessoas e a estratégia para o futuro, assentes numa operação e fluxo sustentável em cenários de mudança contextual, humana ou tecnológica.
É por certo também uma boa altura para pensar e agir sobre:
- Realinhar a estratégia e a arquitetura de custos, receitas e lucros;
- Criar planos de resposta a crise;
- Aumentar a capacidade de adaptação digital, para contacto, funcionamento e operação;
- Desenvolver novos processos, produtos e formas de entregar o serviço;
- Criar novas formas e fontes de receita;
- Recriar e reorganizar funções e tarefas de trabalho;
- Realocar e reajustar recursos orientados aos resultados mais importantes para a vida da organização;
Recapitulando assim, é importante que perceba o que aconteceu, como respondeu, quais as fragilidades, quais as forças e quem esteve presente e impacto que teve. Olhe para o futuro, realinhe e readeque objetivos, tarefas, recursos, funções e indicadores. Ganhe perspetiva e uma nova capacidade de resposta. Aproveite o digital e o online tanto para a empresa, recursos humanos, marcas e clientes. Identifique e explore as oportunidades, reavaliando as formas de funcionamento. Desenvolva uma gestão e operação eficaz e reduza desperdício de recursos, para cumprimento efetivo dos objetivos de negócio. Esperamos que tais informações, pontos de orientação e ideias permitam que a sua empresa, marca e pessoas possam voltar a ter a existência organizacional que procura. Otimizando e potenciando a estratégia para cumprimento de objetivos e obtenção de resultados com um desempenho resiliente, eficaz, produtivo e sustentável.
A equipa SP Business Group
11 de Maio de 2020